domingo, 30 de janeiro de 2011

Breve introdução ao Esperanto, sob olhos de um iniciante

Resolvi compartilhar algumas aspectos bem iniciais com os quais tive contato durante os dias estudando Esperanto. Caso o leitor tenha interesse em se aprofundar no que está descrito a seguir, visite o site Lernu!, que apresenta grande quantidade de informações a respeito do Esperanto, em diversos idiomas (inclusive Português).

1. O alfabeto é bem parecido com o nosso:
A B C Ĉ D E F G Ĝ H Ĥ I J Ĵ K L M N O P R S Ŝ T U Ŭ V Z

A letra é sempre pronunciada da mesma forma, independentemente da palavra. Nós pronunciamos a letra "c" de maneira diferente em 'casa' e em 'centro', o mesmo não ocorre no Esperanto, cuja variação fonética se obtém utilizando-se duas letras diferentes, o "c" e o "ĉ". Caso queira ouvir as letras, não deixe de visitar o site indicado acima.

2. Todos os substantivos terminam em "o".
Ex. aŭto (carro), libro (livro), amiko (amigo).

Deve ter surgido a dúvida: "Como diferencio o substantivo masculino do feminino?". Isso é feito a partir do sufixo "in", que é incluso antes do "o". Ex. amikino (amiga).

3. Todos os plurais são feitos com a adição de um "j".
Ex. aŭtoj (carros), arboj (árvores), domoj (casas).

4. Ao objeto direto de uma sentença é adicionado um "n". Isso torna possível alterar a posição do objeto na frase sem que ela mude de sentido. Para nós que falamos o Português isso parece bastante peculiar, mas diversas outras línguas apresentam essa característica. Para aqueles que sofriam com análise sintática na escola isso viria bem a calhar.

Ex. La hundo amas la katon (O cachorro ama o gato) não muda de significado caso seja escrita como La katon amas la hundo (O cachorro ama o gato). Para que o seja o gato a amar o cachorro, a mudança a ser feita é La kato amas la hundon (O gato ama o cachorro). De qualquer forma, isso não muda o fato de gatos e cachorros não se darem bem.

5. Adjetivos terminam em "a".
Ex. bela (bonito(a)), pura (limpo(a)), granda (grande(a)).

6. Adicionar o prefixo "mal" a uma palavra dá a ela o sentido oposto.
Ex. malbela (feio(a)), malpura (sujo(a)), malgranda (pequeno(a)).

Os fãs de 1984 de George Orwell devem ter associado ao idioma que eles usavam na história, a Novilíngua. Nela as palavras de caráter negativo eram obtidas a partir do prefixo "in" adicionado às de caráter positivo. Algo ruim seria, então, algo inbom. Essa característica, no entanto, tinha certo cunho político cujo objetivo ultrapassa o escopo dessa postagem.

7. Adicionar o sufixo "et" à palavra dá um caráter diminutivo ou de menor intensidade.
Ex. rido (risada) - rideto (sorriso), domo (casa) - dometo (casinha, chalé).

É importante lembrar que os sufixos, em Esperanto, costumam vir antes do indicador morfológico ("o" no caso de substantivos).

8. Todos os verbos no infinitivo terminam em "i", no presente terminam em "as", no passado terminam em "is" e no futuro em "os", independentemente da conjugação. Não há verbos irregulares! Isso faz com que o Esperanto pareça muito mais simples do que o Português.

9. Advérbios são formados adicionando-se "e" ao final de um adjetivo.
Ex. facila (fácil) - facile (facilmente), rapida (rápido) - rapide (rapidamente).

Espero que essa pequena introdução ao Esperanto desperte a curiosidade no leitor para que, futuramente, possamos trocar conhecimento a respeito da língua.

Grande parte das informações que disponibilizei aqui obtive no site indicado no início do post ou em links que partiram dele. Para mais informações sobre o Esperanto e sobre materiais de estudo, não deixe de abrir o container Idiomas.

sábado, 29 de janeiro de 2011

Esperanto e universalidade

Desde o ensino fundamental, quando tive a oportunidade de estudar Inglês na escola, eu me tornei alguém bastante interessado por idiomas. Não exatamente pela utilidade deles no cotidiano, mas sim pela beleza estrutural e pela sensação de ter um trecho do mundo mais próximo de você. A verdade é que quanto mais idiomas você sabe, mais universal você se torna. Infelizmente sei muito pouco nesse sentido: fora a minha língua mãe, que é a Língua Portuguesa, tenho conhecimentos de Inglês e pouquíssimos conhecimentos de Alemão, que vim a estudar um tempo depois, assim que entrei na universidade.

Mas pretendo mudar isso com o tempo. E como tempo (e dinheiro) não estão sobrando no presente momento, resolvi dar o primeiro passo nessa empreitada de forma autodidata. Escolhi o Esperanto como ponto de partida.

A primeira pergunta do leitor curioso provavelmente foi: "Esperanto? Mas para que quer aprender isso? Não tem utilidade prática. Não há nenhum país cuja língua mãe seja essa."

Sem alguém experiente para guiá-lo pelos caminhos mais corretos e menos tortuosos, aprender um idioma novo não é um processo simples. Requer dedicação, requer bom material (e na atual situação, material barato). A comunidade conhecedora de Esperanto está crescendo na internet e a cada dia mais materiais são dispostos para download. O próprio livro escrito pelo Dr. Esperanto, Unva Libro, já fora escrito com a intenção de ser gratuitamente distribuído e, hoje, pode ser encontrado na internet traduzido para diversos idiomas.

Outros motivos pelo qual fiz essa escolha: é um idioma com estrutura simples (mais simples do que o Inglês, dizem alguns especialistas), foi criado para ser um idioma universal e neutro. A simplicidade gramatical do Esperanto o torna um idioma de fácil aprendizagem (ou ao menos assim espero), e proposta do idioma condiz com o meu interesse por novos idiomas, a universalidade.

Não sei por quanto tempo alimentarei esse projeto, dado que já abandonei vários outros de mesma magnitude. Mas enquanto ele existir, se for interessado no assunto, visite o container Idiomas.

Revivendo títulos antigos (Parte I)

Há alguns dias ressuscitei o Playstation 2 (PS2), que estava no armário acumulando poeira e sofrendo atrofia de suas peças internas (precisei de alguns rituais para que ele voltasse a ler os CDs/DVDs que lia antigamente, entre eles, virá-lo de cabeça para baixo). Ressuscitei também um antigo jogo de Playstation (PSX), Bust-a-Move 2: Dance Tengoku Mix (não tem relação alguma com os puzzles Bust-a-Move, que existem desde a época do SuperNES), que talvez tenha se popularizado pelo nome da versão americana, Bust-a-Groove 2.

É um jogo no qual as personagens dançam à medida que você executa os comandos que aparecem na tela (não confundir com os jogos no estilo Dance Dance Revolution). Sempre gostei desses jogos de ritmo porque tenho facilidade com eles - quando menor, costumava participar de competições acirradas com outro amigo meu que também gostava do estilo - diferentemente dos jogos de luta, que nunca fui um dos melhores jogadores, principalmente quando os personagens não possuíam golpes hadouken-like.

De volta ao Bust-a-Move 2, hoje terminei de abrir os personagens secretos, inclusive o último deles (Pander), cuja tela possui a música mais interessante do jogo. Após esse feito irei, provavelmente, guardá-lo novamente na prateleira e (re)começar algum outro. Não deixe de abrir o container de games para verificar.